Eça de Queirós dizia: "A distância actua sobre a emoção exactamente como actua sobre o som (...) É sempre em ambas o idêntico e tão racional princípio das ondulações, que vão decrescendo à medida que se afastam do seu centro, até que docemente se imobilizam e morrem: se elas traziam um som que vinha vibrando - o som cala quando elas param"
E se não for bem assim?
E se existir uma emoção que torna um pequeno som de uma nota numa sinfonia que invade todos os nossos sentidos?
E se a distância não diminuir a intensidade do som mas for, isso sim, capaz de a aumentar a níveis inatingíveis?
E se a distância for apenas um número?
E se...
Fazes-me falta.
Andaria. Cento e Quarenta e Seis.
Para ti.
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