
- Vi-o do outro lado do vidro, incrivelmente imponente em toda a tua graça como se já não fosse por si só uma tentação. Como se soubesse que me prendia o olhar sempre que passava por ali, como se não soubesse que entrava naquele lugar só para o ver. Se sabia, fingia não dar por isso. Nunca gostei tanto do som de um piano como naqueles momentos, nunca apreciei tanto uma guitarra, nunca percebi como combinavam tão bem...
- Porque só falas dele agora? Quem é?
- Pergunta errada. Não é um quem é um o quê, mas entendo a confusão. Talvez se confunda com desejo, talvez com amor, talvez com prazer. Talvez até seja um pouco de tudo, gostava de ter descoberto tudo isso...
- Pareces apaixonada...
- Não é dificil perceber isso.
- É parte do teu passado?
- É parte do meu presente...
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